O que é um Óleo Básico do Grupo II?

Você sabia que a classificação das refinarias e dos óleos básicos em grupos teve origem em uma necessidade e exigência da indústria automotiva?

Com a evolução tecnológica da indústria automotiva, novas necessidades surgiram. Quando a produção dos automóveis começou no início do século passado, a indústria do petróleo também tinha poucos anos de atividade, com a sua produção voltada para a fabricação de combustíveis, sendo que os lubrificantes gerados eram subprodutos do refino primário do petróleo.

No início, cada fabricante exigia uma especificação própria tanto para o lubrificante como para o combustível. Com o aumento do volume de produção de veículos, tornou-se necessária a padronização dos componentes utilizados na sua produção, inclusive os dos lubrificantes.

A API (American Petroleum Institute – Estados Unidos) e a ATIEL (Association Techinque de L’Industrie Europeane des Lubrifiants – Europa), se empenharam em adotar um sistema de classificação visando padronizar as especificações dos óleos básicos extraídos nas diversas refinarias espalhadas pelo mundo, e assim garantir a uniformidade na fabricação de óleos lubrificantes.

Três parâmetros para classificar as refinarias e consequentemente a qualidade dos óleos básicos minerais gerados foram adotados, que são as seguintes análises:

  • Teor de enxofre contido no óleo lubrificante básico;
  • Teor de saturados existente no óleo básico mineral;
  • Valor do Índice de Viscosidade do óleo básico lubrificante.

O que significa os Teores na classificação do Óleo Básico do Grupo II?

O enxofre é normalmente encontrado no petróleo bruto, mas se alguns compostos de enxofre estiverem presentes no óleo básico mineral, eles podem causar a corrosão em alguns metais feitos a partir de ligas de cobre. Um óleo básico mineral que apresenta um menor teor de enxofre possui melhores característica para ser utilizado na fabricação de lubrificantes industriais e automotivos.

A composição química do petróleo influencia nas características de desempenho de um óleo lubrificante básico, mas saiba que o tipo de tratamento a que o petróleo é submetido também afeta a qualidade do óleo básico. Para determinar o grau de pureza ou de tratamento que o petróleo é submetido, é feita a análise dos compostos aromáticos totais e do teor de saturados presentes no óleo básico mineral.

O índice de viscosidade é uma análise que mostra o comportamento do óleo básico de primeiro refino em relação à variação da temperatura, onde o ensaio é feito medindo a viscosidade do óleo em duas temperaturas, uma à 40ºC e a outra à 100ºC.

Para efeito de normatização, ficou definido um número 100 para um óleo básico parafínico e um número 0 para um óleo básico naftênico. Isso quer dizer que um óleo básico grupo II que apresente um resultado próximo de 100, quer dizer que este produto é composto por hidrocarbonetos predominantemente parafínicos, ou seja, o produto analisado é um óleo básico parafínico.

Qual é a classificação dos Óleos Básicos do Grupo II?

As Refinarias da Petrobrás são unidades de refino do petróleo pertencente ao Grupo I. São similares às primeiras refinarias produzidas no mundo. Os óleos básicos minerais gerados nestas refinarias são os menos refinados e apresentam uma mistura não uniforme de hidrocarbonetos.

Os óleos minerais básicos obtidos nas refinarias do Grupo II são produzidos por um processo mais moderno que o obtido nas refinarias do Grupo I. Este processo é chamado de Hidrorefino ou Hidrotramento. Neste processo os hidrocarbonetos não saturados são convertidos em saturados com o objetivo de melhorar o rendimento antes da extração por solvente. Também é realizada a retirada de grande quantidade de compostos de enxofre e de nitrogênio. Como resultado deste tratamento, é gerado um óleo básico mineral com menor teor de impurezas, gera moléculas mais estáveis, melhora a sua cor e contribui para aumentar a vida útil do óleo básico lubrificante.

A grande maioria das refinarias de óleo básico do grupo II encontra-se na América do Norte, representando mais de 45% das unidades em operação no mundo. Nos EUA a grande utilização do óleo básico do grupo II é destinada para a fabricação do óleo automotivo, pois é um óleo básico que apresenta boa estabilidade à oxidação, baixa volatilidade e ponto de fulgor elevado.

Para que um óleo básico seja considerado um óleo básico do grupo II, ele necessita apresentar os seguintes limites de teores:

  • Teor de enxofre: o óleo básico lubrificante tem que apresentar um valor menor que 0,03%;
  • Teor de Saturados: óleo mineral básico com teor maior que 90%.
  • Índice de Viscosidade: óleo básico grupo II que apresente resultado situado entre 80 e 119.

Quais são os Óleos Básicos do Grupo II disponíveis no país?

Como informado acima não há no país unidades de primeiro refino do petróleo que produzam óleos básicos que se enquadrem no Grupo II.

Os óleos básicos do grupo II disponíveis no mercado ou provem do rerefino do óleo automotivo usado ou são importados. Poderão ser encontrados no mercado dois tipos de óleos básicos do grupo II: o óleo básico industrial e o óleo básico hidrogenado.

A diferença entre eles está em que o segundo, o óleo mineral hidrogenado sofre um processo complementar de tratamento e purificação, que deixa o produto atóxico e com elevado grau de pureza que permite o seu uso para a fabricação de insumos destinados ao seguimento cosmético e farmacêutico.

Vocês viram acima que os óleos básicos de grupo II sofrem um tratamento que faz com que a sua cor melhore significativamente em relação a um óleo básico do grupo I.

Muitas frações geradas, principalmente as de baixa e média viscosidade, são incolores. Mas cabe um alerta: não é porque o óleo básico de grupo II é incolor que ele pode ser considerado atóxico. Mesmo incolor estes óleos têm as suas aplicações destinadas apenas ao uso industrial como a fabricação de borracha, entre outras aplicações.

Para ser considerado atóxico este óleo básico do grupo II tem que ser submetido a um processo de hidrogenação catalítica e ser comercializado com as denominações de óleo branco mineral, óleo mineral grau USP ou óleo mineral branco USP. Somente um óleo mineral branco atóxico do grupo II é que pode ser utilizado na fabricação de produtos que podem ter contato direto ou indireto com alimentos e com a pele humana.

O que é Óleo Básico Mineral do Grupo II e onde encontrar?

Para maiores informações sobre o óleo básico mineral do grupo II, favor entrar em contato com a CADIUM, que a nossa equipe técnica está capacitada para responder a sua consulta. Agora se você está necessitando adquirir algum óleo básico mineral parafínico ou o preço do óleo básico grupo II grau USP (farmacêutico), entre em contato com a equipe comercial da CADIUM, que temos produto em uma condição comercial competitiva para o atendimento da sua demanda. Aguardamos a sua consulta!

 

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